TRABALHO DA ABAN É RECONHECIDO PELA FIOCRUZ

O artigo discute as estratégias de cuidado de saude de mulheres em vulnerabilidade social diante dos desafios de acesso no SUS e aponta como as redes comunitárias e o trabalho de instituições como a ABAN são essenciais para estas mulheres.

As redes sociais e comunitárias constituem um importante determinante social de saúde, especialmente nos segmentos populares da sociedade civil e em suas lutas para garantir o direito à saúde. Esta pesquisa buscou compreender quais são as redes sociais e comunitárias constituídas por mulheres residentes em uma comunidade de baixa renda e sua relação com a produção da saúde nesse grupo social. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 11 mulheres participantes de uma organização não governamental (ONG) da comunidade, e os dados foram submetidos à análise de conteúdo. A análise destacou quatro categorias: a comunidade como uma grande rede – formada por múltiplas redes dinâmicas interligadas; a rede das “tias” – mulheres com papel importante no cuidado da comunidade, tratadas como parte da família; as rodas de conversa – como o rito de encontro periódico nas calçadas, apontado como importante espaço garantidor de estabilidade emocional e qualidade de vida; e as benzedeiras e o uso de plantas medicinais – referências de cuidado na comunidade, que proporcionam prevenção/tratamento à saúde e encaminhamento para a unidade de saúde quando necessário. Conclui-se que as redes sociais e comunitárias formadas pelas participantes são determinantes sociais importantes. Assim, é necessária a valorização de tais redes pelos equipamentos de saúde inscritos no território.

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